sábado, 2 de abril de 2011

A Lua e o Teixo - Sylvia Plath

Boa noite, leitores (se eles existem, boa noite... se não existem, boa noite, cyberespaço!)! Hoje postarei um poema lindo, maravilhoso, de uma poetisa maravilhosa: Sylvia Plath. Conheci-a meio por acaso, por um livro que leio com citações dos poemas dela, que de tão maravilhosos que eram, resolvi postar um aqui. Espero que gostem!


Sylvia Plath - A Lua E O Teixo



"Esta é a luz do espírito, fria e planetária.
As árvores do espírito são negras. A luz é azul.
As ervas descarregam o seu pesar a meus pés como se eu fosse Deus,
picando-me os tornozelos e sussurrando a sua humildade.
Destiladas e fumegantes neblinas povoam este lugar
que uma fila de lápides separa da minha casa.
Só não vejo para onde ir.
A lua não é uma saída. É um rosto de pleno direito,
branco como o nó dos nossos dedos e terrivelmente perturbado.
Arrasta o mar atrás de si como um negro crime; está mudo
com os lábios em O devido a um total desespero. Vivo aqui.
Por duas vezes, ao domingo, os sinos perturbam o céu:
oito línguas enormes confirmando a Ressurreição.
Por fim, fazem soar os seus nomes solenemente.
O teixo aponta para o alto. Tem uma forma gótica.
Os olhos seguem-no e encontram a lua.
A lua é minha mãe. Não é tão doce como Maria.
As suas vestes azuis soltam pequenos morcegos e mochos.
Como gostaria de acreditar na ternura...
O rosto da efígie, suavizado pelas velas,
é, em particular, para mim que desvia os olhos ternos.
Caí de muito longe. As nuvens florescem,
azuis e místicas sobre o rosto das estrelas.
No interior da igreja, os santos serão todos azuis,
pairando com os seus pés frágeis sobre os bancos frios,
as mãos e os rostos rígidos de santidade.
A lua nada disto vê. É calva e selvagem.
E a mensagem do teixo é negra: negra e silenciosa."

sábado, 26 de março de 2011

olha aí mais um poema...

Espelho


Sinto-me no sonho mais maluco e intenso
Onde me desvio de teu anseio, tua gana
Onde cada vez mais me encho de confusão e desejos
E cada vez mais, aflita e curiosa, o destino me engana.


Onde me sinto em um labirinto de espelhos
Onde corro e fujo de uma mera imagem
Minha força me trai e caio de joelhos
De um lado para outro, perco-me em uma miragem.


Em um devaneio, estou em teus braços
E em uma confusão de abraços
Estou do outro lado do espelho.


E assim a minha mente me trai,
Passa para o lado do inimigo, 
Já digo adeus à minha paz.


Dúvidas/Reclamações/Aclamações? Comente!

quinta-feira, 10 de março de 2011

(Poesia escrita em momento de confusão mental não causada por alucinógenos. Boa leitura. P.S: Só postei porque a Nayra pediu.)

Sinto medo de tudo à minha volta
E esse medo se disfarça de coragem
Transformando o meu cérebro em uma viagem
Transformando amor em revolta.

Medo dessa parede de cristal
Medo desse espelho maldito
Por que me fazes tão mal?
É o medo de ver verdade em mito?

O pior é querer me recolher
E deixar que o tempo leve,
Deixar que não volte nunca mais.

Ou então querer o que não posso ser
Nesse mundo tão distante
Algo que não acontecerá jamais.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Orgulho e Preconceito

(Viu? Eu disse que não ia deixar de escrever aqui, né? Pois é.)
Certo dia fui trocar os meus vale-livros em uma livraria daqui de Pelotas (sem merchan), aí então, em meio a prateleiras e mais prateleiras de livros, do jeito que eu gosto, achei um livro, ou melhor, uma coletânea com três novelas da Jane Austen, uma ótima novelista inglesa... Se bem que sou suspeita, pois gosto muito de escritores ingleses, e mais ainda de romances históricos.. O preço me surpreendeu, pois não acreditei que um livro de tantas páginas e tanto conteúdo tivesse um preço tão bom... Definitivamente ele estava ali para ser meu; comprei. 
Neste livro tinha uma das mais bem-faladas e mais lidas novelas de Austen, "Orgulho e Preconceito". Já foi traduzida para diversas línguas, já teve várias versões em película, e até mesmo um seriado (com Colin Firth no papel de Mr. Darcy).
Mas o que importa mesmo é a história, contada pelo ponto de vista de Elizabeth Bennet, segunda das cinco filhas dos Bennet. Sua família é um tanto desconjuntada, com uma mãe inconsequente e um pai sarcástico (sendo que Elizabeth era sua favorita), inconformado com a falta de inteligência da esposa e de suas três filhas mais novas. Tudo se desenrola em Netherfield e seus arredores, mais precisamente quando um respeitável e rico cavalheiro, Mr. Bingley, aluga a propriedade de Netherfield junto com alguns familiares e um amigo, Mr. Darcy, um bonito e rico cavalheiro, com fama de orgulhoso. O relato feito por Elizabeth, evidentemente, põe bem à mostra estes dois sentimentos presentes no título e na vida de todos nós. Recomendo.

*ERRATA: Netherfield é a propriedade alugada por Bingley. Este vem com duas irmãs solteiras e uma casada, a Mrs. Hurst.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Depois de escrever o Momento Louca-por-Moda, eu percebi que deveria dar valor também à minha faceta fashion, então resolvi fazer um blog exclusivo para isso. Não que vou abandonar este aqui por completo, apenas me dividirei entre os dois, de assuntos diferentes. Mesmo que não haja um grande interesse, peço para que dêem uma passadinha no http://lkvdessins.blogspot.com. Obrigada!!!!!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Momento Louca-por-Moda




Ultimamente andei dando uma pesquisada pelos cantos mais fashion e unfashionable da internet, como uma louca. É bem verdade que a moda apaixona! Quando mergulhei no mundo do Vestuário, bem vi que não teria volta. É trabalhoso, árduo, cansativo, mas também encantador. Pensar também que é um ramo que emprega milhões de pessoas no mundo, criticado por uns, aclamado por outros, mas nem sempre entendido. Moda é economia, dinheiro, tecnologia, suor, trabalho, competição, artimanhas, consumo, vaidade, superação. Há muita coisa por trás do glamour de um terninho Chanel ou uma bolsa Hermès. Coisa que nem sempre é vista quando elas estão nas vitrines das lojas mais caras e exclusivas ou suas falsificações nas lojas de comércio informal. O que desmente o fato de a moda ser "coisa de gente fútil" é o pensamento político por trás de toda ideologia pregada. Moda é expressão.
                              

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Aniversário

É, tô ficando mais velha, já tá me doendo a coluna aqui (deve ser por causa do jeito que eu me sento na cadeira do pc, toda atravessada)... Pois é, tô de aniversário. E aí é que a gente começa a pensar em todos esses anos de existência nesse planetinha azul, com camada de ozônio toda esgualepada, pessoas tensas e música mercadológica (me escandalizei quando eu vi o Luan Santana em primeiro lugar e Legião Urbana em milésimo lugar em um site de letras de música)... Pensar se fez a diferença em 15 anos de existência.
15 anos... Tem gente que poetiza bastante essa data, todos os esquemas, débuts e cetins, plumas e paetês, a festa, a valsa, o vestido. Porque é o momento que "menina vira mulher", ou sei lá. Bom, eu tô me sentindo a mesma pessoa, não é as "flores" que eu imaginava sentir quando eu tinha os meus 8,9 anos. Mas tá valendo...